Open/Close Menu O nosso alvo é voltar ao " primeiro amor " ganhando almas para Cristo, obedecendo assim a grande comissão, deixada por Jesus em Mateus 28:19-20
A Igreja como a Noiva de Cristo

A Imagem observada em Efésios da Igreja como a Noiva de Cristo fala da maneira como temos nos preparado e santificado para as Bodas do Cordeiro, quando o Noivo Jesus vier buscar a Sua Noiva, a Igreja.

O Senhor tem trazido a Sua Palavra ao nosso coração para o nosso crescimento e para preparar-nos para os dias que virão. Estamos crescendo por meio do conhecimento da Palavra da verdade, e porque amamos a Palavra, temos compromisso com ela, e isso é um comportamento, uma resposta de quem ama o seu redentor e Deus.

Essa palavra precisa produzir em nós a purificação, a santidade, a transformação necessária. Já na semana passada, olhando para a Igreja como O Templo da habitação de Deus, começamos a ver a necessidade plena e inegociável de santidade, pois uma vez que o Santo Deus habita em nós, somos santificados. E a Palavra é um dos meios pelos quais somos santificados.

O Papel da Igreja como a Noiva de Cristo

Para começarmos a compreender o papel da Igreja como a Noiva de Cristo, olhemos para a seguinte passagem das Escrituras:

Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: “Aleluia! pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. Vamos nos regozijar! Vamos nos alegrar e dar‑lhe glória! Porque chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se preparou. Para vestir‑se, foi‑lhe dado linho fino, brilhante e puro”. — Apocalipse 19:6-8

Os céus manifestam a glória de Deus. Estamos como Igreja aqui na Terra, mas um dia o veremos face a face. Enquanto este dia não chega, cabe a nós ouvirmos essa Palavra bendita de Deus que produz em nós o temor necessário para permanecermos como esta noiva que está sendo preparada para seu casamento.

Uma vez que o Reino de Deus chegou com Cristo, Ele reina, portanto, nos céus, sobre toda a Terra, por todo o Universo, mas acima de tudo a Igreja, que é sua Noiva, sabe que Ele Reina também em sua própria vida.

Essa é uma das pequenas partes destas revelações de Deus que precisamos a fim de compreender diante de quem nós estamos. O Cristo vivo está diante de nós. O Noivo aguarda por Sua noiva de forma totalmente apaixonada. Portanto alegremo-nos, e demos-lhe a glória. Há grande alegria, grande gozo nos céus, porque a noiva está chegando. No momento em que o Noivo chamar, nós subiremos ao encontro do Noivo, o nosso Cristo, e nós estaremos devidamente trajados, adornados como Noiva.

Precisamos nos preparar para encontrarmo-nos com o Noivo

Como você está se preparando para o seu Noivo, que pode te chamar a qualquer momento? Temos um alerta no espírito quanto a essa urgência, e se sabemos ouvir a Sua voz, todas essas palavras chegam ao nosso coração produzindo o devido temor.

Olhando para as palavras “noiva” e “noivo” originais no Antigo Testamento, temos קלה “Kallah” (Noiva) e חתיהן “Chathan” (Noivo).

A palavra “kallah”, usada para “noiva’, significa “completa” ou “perfeita”. Já a palavra “chathan”, que aparece nas escrituras para “noivo”, significa algo como “contratador de afinidade”, aquele que busca por alguém que tem afinidade.

Afinidade pode ser definida como um encontro de identidades, onde nos identificamos com o outro através de personalidades semelhantes, onde ambos estão em sintonia, tendo as mesmas ideias, gostos e sentimentos que outra pessoa, seguir os mesmos propósitos. Tudo isso faz parte do nosso relacionamento com o Noivo. Em outras palavras, entendemos que através do nosso modo de agir nos assemelhamos a Ele. A Afinidade é uma base importante para um bom relacionamento. Portanto nossa vida espiritual está em jogo, está sendo requerida para os nossos dias.

Na cultura dos patriarcas bíblicos, eram os pais que escolhiam quem seria a noiva de seus filhos. O Noivo não era necessariamente consultado. Vemos isso em alguns relatos bíblicos, como em Gênesis 24:4, onde temos o relato de Abraão, que envia um amigo confiança (Eliezer) para encontrar a Noiva certa para seu único filho Isaque.

Olhando para isso, entendemos que quanto a cada um de nós não houve um acaso que nos trouxe até aqui. Este encontro não foi casual, mas proposital. O “amigo” de Deus, o Espírito Santo, nos encontrou, nos convenceu; revelou-nos o Pai, e revelou-nos as Bodas do Cordeiro. Ele nos separou de tal forma que talvez não seja visível no plano físico, mas no plano espiritual sabe-se exatamente quem são aqueles que estão santificados, preparados, separados.

A Igreja como noiva precisa da manifestação da preparação e santificação em cada um de nós, individualmente, como noiva de Cristo, pois é neste conjunto que a glória de Deus é vista na terra. Enquanto discutimos nossas diferenças, opiniões e discordâncias, perdemos este caminho de santidade e a liberdade de poder ouvir a voz de Deus.

Espere por Sua volta, e enquanto isso prepare-se para as bodas do Cordeiro, pois no momento em que a trombeta soar, não haverá mais tempo de se consagrar. Somos bem-aventurados por podemos ouvir a palavra da verdade, e crescermos na revelação e na fé.

Paralelos no Antigo e Novo Testamento

No Antigo Testamento vemos a figura simbólica de Yahweh com Israel atuando como Sua noiva e esposa de Yahweh, em uma aliança eterna. E a mulher grávida deu luz a um filho.

Israel como nação pertence a Deus, assim como a Igreja foi separada para o Filho.

Mas Israel abandonou o caminho do seu Deus, desprezou as Escrituras, e se prostituiu espiritualmente com outros deuses. No livro do Profeta Ezequiel vemos Yahweh denunciando a infidelidade Israel:

“Contudo, você confiou na sua beleza e usou a sua fama para se tornar uma prostituta. Você concedeu os seus favores a todos os que passaram por perto, e a sua beleza se tornou deles. Você usou algumas das suas roupas para adornar santuários locais, onde levou adiante a sua prostituição. Coisas assim jamais deveriam acontecer! Você apanhou as joias finas que eu lhe tinha dado, joias feitas com o meu ouro e a minha prata, e fez ídolos em forma de homem para você e se prostituiu com eles. Você também os vestiu com as suas roupas bordadas e lhes ofereceu o meu óleo e o meu incenso. — Ezequiel 16:15-18

As joias finas, o adorno que Deus tinha dado, e as usou para fazer ídolos em forma de homens, e prostituiu-se com eles. A grande prostituição espiritual é depender dos homens, é a admiração que temos pelos homens, precisamos de pessoas, sempre alguém que nos conduza, nos leve.

Mas Deus permaneceu fiel, ainda que a nação de Israel não permanecesse fiel. Vemos também:

Tenha cuidado para não fazer aliança com aqueles que já vivem na terra, pois, quando eles se prostituírem seguindo os seus próprios deuses e lhes oferecerem sacrifícios, convidarão você e o levarão a comer dos sacrifícios deles e a escolher para os seus filhos mulheres dentre as filhas deles. Quando elas se prostituírem seguindo os seus próprios deuses, levarão os seus filhos a se prostituir também. Não faça ídolos de metal fundido para você. — Êxodo 34:15-17

Não leve em conta a cultura, não se prenda ao que você vê, aquilo que você acha que é bom para você. A infidelidade de Israel, que deixou os princípios, a moral, ética, era tratado como um adultério. Na igreja, quando abandonamos a oração, de consagração de jejum, do conhecimento, dos estudos da Palavra de Deus, da comunhão dos santos, isso chega diante do Senhor como traição, como a prática de adultério. Então precisamos de sabedoria para que haja separação entre os padrões de fora e os padrões de Deus.

No Novo Testamento

João Batista antecede a Cristo, e começa a anunciar que o Noivo viria para cumprir as bodas, para trazer o propósito de Deus à terra. Aqui a Palavra já está apontando para a Igreja.

… Rabi, aquele homem que estava contigo no outro lado do Jordão, do qual testemunhaste, está batizando, e todos estão se dirigindo a ele. João respondeu: ― Uma pessoa só pode receber o que lhe é dado dos céus. Vocês mesmos são testemunhas de que eu disse: “Eu não sou o Cristo, mas aquele que foi enviado adiante dele”. A noiva pertence ao noivo. O amigo do noivo, que está ao seu lado e o ouve, enche‑se de alegria quando ouve a voz do noivo. Esta é a minha alegria, que agora se completa. É necessário que ele cresça e que eu diminua. — João 3:26b-30                

João Batista está falando na linguagem de casamento. Ele estava revelando o plano divino de Deus enviando Seu Filho sobre a terra. A figura simbólica Cristo como Noivo da Igreja aparece.

A Igreja quer crescer, e ficar formosa. Mas João dizia: é preciso que Ele cresça, e eu diminua. Será que não estamos agindo de forma contrária ao exemplo dele? É necessário que Cristo cresça e que eu diminua.

Paulo prepara a Igreja para ser apresentada ao noivo:

Pois a dedicação que tenho por vocês provém de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá‑los a ele como uma virgem pura. O que receio e quero evitar é que, como Eva foi enganada pela astúcia da serpente, assim a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sincera e pura devoção que vocês têm por Cristo. — 2 Coríntios 11:2-3

É a própria Noiva que prepara as suas vestes. E vestir-se de linho fino diz respeito à santidade de Deus.

E então Paulo, dirigido pelo Espírito Santo, apresenta aqui regras para o relacionamento do casal, que aponta para o relacionamento entre a Igreja e Cristo:

Mulheres, cada uma de vós seja submissa ao marido, assim como ao Senhor; pois o marido é o cabeça da mulher, assim como Cristo é o cabeça da igreja, sendo ele mesmo o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres sejam em tudo submissas ao marido. Maridos, cada um de vocês deve amar a sua esposa, assim como Cristo amou a igreja e entregou‑se por ela para santificá‑la, tendo‑a purificado pelo lavar da água por meio da palavra, e apresentá‑la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e sem culpa. Da mesma forma, os maridos devem amar, cada um, a sua esposa como ao seu próprio corpo. Quem ama a sua esposa ama a si mesmo. Além do mais, ninguém jamais odiou o próprio corpo; antes, alimenta‑o e dele cuida, como também Cristo faz com a igreja, pois somos membros do seu corpo. “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne.” Este é um grande mistério; refiro‑me, porém, a Cristo e à igreja. — Efésios 5:22-32

Alcançamos intimidade com o nosso Senhor quando entendemos que o relacionamento conjugal é um pequeno modelo do que Cristo espera de cada um de nós.

O que é esperado da Igreja como a Noiva de Cristo?

Nos prepararmos. O propósito da igreja é ser apresentada no dia do casamento perfeita, santa, pronta e gloriosa. Precisamos nos vestir de linho puro, que são os atos de justiça dos santos; mudar de mente, de coração. Santidade é trazer a presença de Deus, e isso ninguém tira de nós. Não há o que nos separe dele, a não ser os nossos pecados. Mas há uma aliança. Temos que deixar de nos prostituirmos com os deuses deste mundo, permitirmos coisas como rancores, mágoa e tantas outras coisas que contaminam nosso coração, ferem a santidade de Deus em nós.

A característica essencial da Igreja como a Noiva de Cristo?

A Igreja deve mostrar a glória de Cristo. A história humana começa e termina com um casamento.

Jesus demonstrou Seu compromisso irrestrito conosco ao se entregar totalmente. A igreja deve ser a noiva de Cristo, a quem Ele se unirá eternamente na ceia das bodas do Cordeiro.

Assim como Jesus se entregou sem reservas à igreja, agora Ele pede que a igreja se entregue sem reservas a Ele.

O que é exigido da Igreja como a Noiva de Cristo?

Individualmente, como a noiva, cada um de nós deve fazer uma preparação cuidadosa para colocar nossas vestes nupciais em ordem. “Os atos de justiça dos santos” (Apocalipse 19:8) são o linho fino com o qual iremos aparecer. Você quer ter um vestido de noiva incompleto na ceia das bodas?

Corporativamente, devemos exortar uns aos outros pelo exemplo. Isso faz parte da nossa responsabilidade de “manter firme” e encorajar uns aos outros ao amor e às boas obras.

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Mensagem ministrada pela apóstola Mara Bolzan, no domingo 16/03/2025. Assista abaixo essa  mensagem:

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