Open/Close Menu O nosso alvo é voltar ao " primeiro amor " ganhando almas para Cristo, obedecendo assim a grande comissão, deixada por Jesus em Mateus 28:19-20
A Igreja como exército de Deus

O papel da Igreja como Exército de Deus na Terra é o que veremos neste estudo, avançando no estudo das imagens da Igreja em Efésios.

Na semana anterior olhamos para a imagem da Igreja como a Noiva de Cristo. Olhar agora para a Igreja como Exército de Deus parece algo muito distinto de uma noiva, porém estamos olhando para aspectos e papéis distintos da Igreja.

É tempo de tomarmos posse da terra da promessa, as promessas de Deus para nossas vidas. Deus está nos posicionando para que possamos conquistar, pois é chegada uma nova estação. Sabemos das promessas de Deus, mas muitas vezes não vemos mudanças imediatas, e é nessas horas que muitos começam a duvidar, desistir, quando na verdade precisam entender que estão em guerra, e precisam reagir como convém, em conquista.

Quantos de nós temos enfrentado guerras? A Igreja como o Exército de Deus fala das guerras que enfrentamos, pois vivemos em um mundo mau; como soldados deste exército, os crentes estão envolvidos em uma guerra espiritual.

A nossa mente é o campo de batalha, com pensamentos que nos fazem duvidar e desanimar; com uma mentalidade de impossibilidades, ameaças e derrotas, que são alimentadas por circunstâncias em diversas áreas de nossas vidas, como família e saúde. E sentimos também que nos últimos anos essas guerras têm se intensificado, com batalhas em níveis superiores, em todas as áreas.

Qual a sua atitude diante das circunstâncias, diante do dia mau?

A questão não está em passar ou não por guerras, pois todos passamos e passaremos. A questão está em como agimos, como lidamos com essas guerras, que posição tomamos diante delas e se usarmos as armas necessárias, como a Palavra de Deus e a oração, a fim de que em todo tempo e em todo lugar, permaneçamos conduzidos por Cristo em triunfo.

Diante das guerras muitos se abatem, se escondem, fogem. Mas precisamos saber que a guerra é necessária para que tenhamos vitórias. Sem guerra não há conquista. Por isso é necessário que levantar-se, enfrentar as dificuldades e transpor os obstáculos, e assim alcançaremos um novo ciclo de Deus para nossas vidas.

“Finalmente, sejam fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Vistam‑se de toda a armadura de Deus para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, pois a nossa luta não é contra sangue e carne, mas contra os poderes e as autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas e contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Por isso, vistam‑se de toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis depois de terem feito tudo.” — Efésios 6:10-13

Todos nós enfrentaremos guerras, pressões, passaremos pelo dia mau, o dia da aflição, do teste, aquele dia em que situações inesperadas acontecem. Não tema, não se abata, não questione a Deus, como se só você passasse por aflições, ou como se as suas aflições fossem maiores do que as dos outros. Tenha bom ânimo, pois Jesus venceu o mundo!

Já que enfrentaremos guerras, temos que olhar para elas como a oportunidade de vencer e avançar para o próximo estágio de nossas vidas. Então não fuja, não se esconda, mas enfrente, tome as armas.

Há gigantes na terra que precisam ser derrubados, muralhas que precisam cair, cidade que precisam ser tomadas. Gigantes são aquelas situações maiores do que nós, em que nos encontramos impotentes, sem forças para vencer. São nessas circunstâncias que temos de nos aproximar do Senhor, um Deus que é infinitamente maior do que qualquer gigante.

As guerras, as lutas e os gigantes são parte da trajetória até a terra prometida.

Temos nas Escrituras o exemplo de Davi, que nem ao menos era soldado, mas sabia bem quem era o Senhor e Sua grandeza, diante das ameaças do gigante Golias. E tendo os olhos voltados para as promessas de Deus àqueles que vencessem, ele se levantou e dispôs-se a lutar contra o gigante, na força do Senhor.

Quando olhamos para Efésios, notamos que o apóstolo Paulo via a Igreja como um exército. Paulo comparou a igreja com uma legião romana, a unidade militar mais eficaz do mundo antigo, que conquistou a maior parte do mundo conhecido para o Império Romano. Como exército de Deus todos nós estamos envolvidos em uma guerra.

O Diabo que arma ciladas. A nossa luta que não é contra as pessoas de carne e sangue, mas contra os poderes e as autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas e contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. Aqui está a maior guerra que enfrentamos. Não é uma guerra contra as pessoas, mas uma guerra cuja origem está no mundo espiritual. Quando nos levantamos para fazer a vontade de Deus, nos deparamos com um opositor, e por isso devemos tomar as armas espirituais.

‘Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará, sairá e encontrará pastagem. O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham plenamente.’ — João 10:9-10

Jesus tem para nós uma vida plena, em vitória, mas Ele mesmo adverte que temos um ladrão que vem para nos roubar o que temos como finanças, alegria, família, até nos levar à morte e destruição, levando-nos à rebelião, para que tenhamos o mesmo destino que ele tem.

I. As Armas Espirituais e o Campo de Batalha da Igreja como Exército de Deus

‘As armas com as quais lutamos não são deste mundo, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus e levamos cativo todo pensamento para torná‑lo obediente a Cristo.’ — 2 Coríntios 10:4-5

A primeira coisa que notamos é que as nossas armas são espirituais, poderosas em Deus, e eficazes no Reino do Espírito para destruir fortalezas.

Três palavras-chave, “argumentos”, “conhecimento” e “pensamento”, todas se relacionam a um reino específico: a mente. A mente da humanidade é o campo de batalha desta guerra espiritual. Satanás engana o ser humano em sua mente. É ali que acontece a maior parte desta batalha, por meio de pensamentos muitas vezes em primeira pessoa, como se nós mesmos estivéssemos pensando, e assim ele tenta construir estruturas mentais de engano, dúvida, incredulidade, rebelião.

Precisamos usar as armas espirituais que temos para vencer estas batalhas e levarmos as pessoas ao nosso redor a serem libertas das cadeias do inimigo, por meio da verdade do Evangelho, levando seus pensamentos cativos ao conhecimento de Cristo.

II. A característica essencial da Igreja como Exército de Deus

A característica essencial do exército de Deus, é manifestar a vitória de Deus. Temos enfrentado guerras, mas não estamos sozinhos. Temos um comandante, o seu nome é o Senhor dos Exércitos, e n’Ele somos mais de que vencedores!

“O Senhor é um homem de guerra; O Senhor é o seu nome” — Êxodo 15:3

“Quem é este Rei da glória? O Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso na batalha. Levantem as suas cabeças, ó portões! Levantai, ó portas eternas! E o Rei da Glória entrará. Quem é este Rei da glória? O Senhor dos exércitos,  Ele é o Rei da glória.” — Salmo 24:8-10

Na cruz do calvário Jesus já conquistou a vitória completa sobre os poderes das trevas. Ainda que enfrentemos guerras, o final dessas batalhas já está determinado para nós, como plenamente vencedores n’Ele.

Triunfantes com Cristo

‘Quando vocês estavam mortos por causa das transgressões e da incircuncisão da carne de vocês, Deus lhes deu a vida com Cristo. Ele nos perdoou de todas as transgressões e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças e que era contra nós. Ele a removeu, pregando‑a na cruz, e, depois de ter despojado os poderes e as autoridades, humilhou‑os publicamente quando triunfou sobre eles na cruz.’ — Colossenses 2:13-15

a antiguidade as pessoas eram levadas como escravos, por causa de suas dívidas. Nós éramos devedores por causa do nosso pecado, mas Jesus pagou o preço necessário para a nossa liberdade; cancelou nossa escrita de dívida, e triunfou sobre os nossos inimigos — e quer que n’Ele triunfemos também.

‘Mas, graças a Deus, que em Cristo sempre nos conduz em TRIUNFO e por meio de nós manifesta em todo lugar o aroma do seu conhecimento;’ — 2 Coríntios 2:14

Já não há acusação, já não há derrota, já não há prisão. O inimigo quer nos aprisionar porque ele é mentiroso e ladrão, mas a vitória plena, o triunfo, foi conquistada na Cruz do Calvário. E como este texto acima afirma, “sempre” e “em todo lugar” Cristo nos conduzirá em triunfo.

Visualize isso: Você, juntamente com Cristo, triunfantes na carruagem, À frente de todas as forças da maldade que Ele derrotou e conquistou, e que estão sendo levadas presas, e em humilhação.

Muitos cristãos, ao invés de viverem uma vida em vitória e triunfo com Cristo, estão vivendo humilhados, acorrentados, no lugar de humilhação, onde deveriam estar seus inimigos. Mas sempre e em todo lugar, nossa posição é com Cristo, sendo conduzidos em triunfo, adiante de todos os nossos inimigos, derrotados e em correntes de humilhação.

Por onde quer que formos, estamos neste cenário, onde todos aplaudem aquilo que Cristo fez.

III. Requisitos de Deus para a Igreja como Seu Exército

O que é exigido de nós para que vivamos em triunfo?

a. Vestir toda a armadura de Deus

Essa é a nossa responsabilidade como soldados.

‘Assim, permaneçam firmes, cingindo‑se com o cinto da verdade, vestindo‑se com a couraça da justiça e tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz. Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usem o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica. Tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.’ — Efésios 6:14-18

O Cinto da Verdade — é o cinto que traz a estabilidade na armadura. Jesus é o Caminho, e Verdade e a Vida, e nós devemos estar firmados nessa verdade.

A Couraça da Justiça — a couraça que guarda o coração e protege os órgãos vitais. Você tem sido atormentado pelo acusador, que vive te lembrando do seu passado e trazendo peso sobre sua vida? Pelo sangue de Jesus somos justificados.

Os Calçados do Evangelho da Paz — Dessa maneira devemos caminhar, com os pés firmados nas palavras do Evangelho, fazendo do Evangelho da Paz um estilo de vida, tendo nossos pés firmados no Evangelho.

O Escudo da Fé — Pelo qual nos defendemos das setas do inimigo, crendo na Palavra de Deus, levantando-nos como homens e mulheres de fé, que não olham na direção da incredulidade, das dúvidas, e da posição de escravos, da qual já fomos libertos. O inimigo já foi expulso de sua vida, mas de onde ele está, lança suas setas inflamadas, que são pensamentos, geralmente em primeira pessoa, como se fossem seus, ou pode também usar a boca de alguém para acusar você.

O Capacete da Salvação — Como já dissemos, a maior parte da batalha acontece em nossa mente. Então por onde tem andado os seus pensamentos?

‘Finalmente, irmãos, pensem em tudo o que for verdadeiro, tudo o que for digno de respeito, tudo o que for justo, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, em tudo o que houver alguma virtude ou algo de louvor. ‘ — Filipenses 4:8

O que você tem colocado para dentro dos seus pensamentos? O que você tem ouvido e visto? Que a sua mente se volte para a submissão de Cristo, e os seus olhos se voltem para a Palavra de Deus, preenchendo sua mente e seu coração, para que você tenha vitória na guerra.

A Espada do Espírito — A Palavra de Deus em nossos lábios, pela qual vencemos o inimigo, quando erguemos a nossa voz em autoridade, quando oramos a Palavra de Deus, declaramos as promessas de Deus. A proclamação da Palavra de Deus é como uma espada que tem poder de dividir, destruir as cadeias do diabo, mudar as circunstâncias ao redor. Mude a sua maneira de falar. Deixe a queixa, a murmuração, a crítica, e levante-se como um valente de Deus

E o apostolo Paulo termina este texto falando da oração, porque é em oração que usamos as nossas armas. É isso que quer dizer essa armadura — uma conduta reta, uma posição firme, em fé, em oração, resistindo e permanecendo em vitória, contra o inimigo.

O inimigo começou investindo em Eva, distorcendo a Palavra de Deus, e ela, sem uso das armas espirituais, se deixa levar por estes pensamentos e sentimentos. Mas as Escrituras mostram também o segundo Adão, Cristo, que tendo jejuado por quarenta dias, estando fragilizado, recebeu a investida de Satanás, mas respondeu com a Palavra de Deus, munido das armas espirituais eficazes, e foi plenamente vitorioso.

b. Uma vida de Disciplina e Discipulado

“As palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie‑as a homens fiéis que sejam também capazes de ensiná‑las a outros. Suporte comigo os sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, para poder agradar àquele que o alistou.” — 2Timóteo 2:2-4

Assim como um soldado precisa de disciplina, precisamos de discipulado. Nossa disciplina diante do discipulado — onde aprendemos daquele que está alguns passos adiante de nós, para podermos ensinar àqueles que estão alguns passos atrás de nós.

Ainda no exemplo da armadura, no soldado romano, tudo estava protegido, exceto suas costas. Assim o soldado sabia que não poderia dar as costas durante a batalha, pois assim ficaria vulnerável. Isso fala de nossa posição no discipulado, em que devemos estar sempre indo a diante, e nunca voltando para trás, conquistando e avançando.

Além disso, é importante que você tenha sempre alguém que cuidando de suas costas. Um companheiro de guerra que ore por você, que esteja ao seu lado, te dê cobertura, e isso também fala do discipulado, fala de uma cobertura pastoral.

c. Lealdade aos seus companheiros

Além da disciplina e lealdade, em uma guerra todos tem que manter a unidade, pois a vida de um depende do outro. Nenhum de nós, como exército de Deus, pode ser como traiçoeiro, o chamado “duas caras”, que fala pela frente o que você quer ouvir, mas por trás fala mal de você. Alguém assim no exército é mais perigoso do que o inimigo.

Não quer dizer que você tenha que concordar com tudo o que os outros falam, mas que você nunca trairá nem apunhalará pelas costas, mas estará sempre ao lado e os protegerá do mal.

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Mensagem ministrada pelo apóstolo Fábio Bolzan, no domingo 23/03/2025. Assista abaixo essa  mensagem:

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